remexendo no leito do rio, procurando pensamentos perdidos e criando novos, levanta-se o que estava escondido e encontra-se o que não se procurava
31.7.08
24.7.08
Limpeza étnica - por Mário Crespo
O homem, jovem, movimentava-se num desespero agitado entre um grupo de mulheres vestidas de negro que ululavam lamentos. "Perdi tudo!" "O que é que perdeu?" perguntou-lhe um repórter.
"Entraram-me em casa, espatifaram tudo. Levaram o plasma, o DVD a aparelhagem..." Esta foi uma das esclarecedoras declarações dos autodesalojados da Quinta da Fonte. A imagem do absurdo em que a assistência social se tornou em Portugal fica clara quando é complementada com as informações do presidente da Câmara de Loures: uma elevadíssima percentagem da população do bairro recebe rendimento de inserção social e paga "quatro ou cinco euros de renda mensal" pelas habitações camarárias. Dias depois, noutra reportagem outro jovem adulto mostrava a sua casa vandalizada, apontando a sala de onde tinham levado a TV e os DVD. A seguir, transtornadíssimo, ia ao que tinha sido o quarto dos filhos dizendo que "até a TV e a playstation das crianças" lhe tinham roubado. Neste país, tão cheio de dificuldades para quem tem rendimentos declarados, dinheiro público não pode continuar a ser desviado para sustentar predadores profissionais dos fundos constituídos em boa fé para atender a situações excepcionais de carência. A culpa não é só de quem usufrui desses dinheiros. A principal responsabilidade destes desvios cai sobre os oportunismos políticos que à custa destas bizarras benesses, compraram votos de Norte a Sul. É inexplicável num país de economias domésticas esfrangalhadas por uma Euribor com freio nos dentes que há famílias que pagam "quatro ou cinco Euros de renda" à câmara de Loures e no fim do mês recebem o rendimento social de inserção que, se habilmente requerido por um grupo familiar de cinco ou seis pessoas, atinge quantias muito acima do ordenado mínimo. É inaceitável que estes beneficiários de tudo e mais alguma coisa ainda querem que os seus T2 e T3 a "quatro ou cinco euros mensais" lhes sejam dados em zonas "onde não haja pretos". Não é o sistema em Portugal que marginaliza comunidades. O sistema é que se tem vindo a alhear da realidade e da decência e agora é confrontado por elas em plena rua com manifestações de índole intoleravelmente racista e saraivadas de balas de grande calibre disparadas com impunidade. O país inteiro viu uma dezena de homens armados a fazer fogo na via pública. Não foram detidos embora sejam facilmente identificáveis. Pelo contrário. Do silêncio cúmplice do grupo de marginais sai eloquente uma mensagem de ameaça de contorno criminoso - "ou nos dão uma zona etnicamente limpa ou matamos." A resposta do Estado veio numa patética distribuição de flores a cabecilhas de gangs de traficantes e autodenominados representantes comunitários, entre os sorrisos da resignação embaraçada dos responsáveis autárquicos e do governo civil. Cá fora, no terreno, o único elemento que ainda nos separa da barbárie e da anarquia mantém na Quinta da Fonte uma guarda de 24 horas por dia com metralhadoras e coletes à prova de bala. Provavelmente, enquanto arriscam a vida neste parque temático de incongruências socio-políticas, os defensores do que nos resta de ordem pensam que ganham menos que um desses agregados familiares de profissionais da extorsão e que o ordenado da PSP deste mês de Julho se vai ressentir outra vez da subida da Euribor.
Alimentação
"A alimentação que colocamos nos nossos estômagos era o suficiente para ter morto a maioria dos aqui presentes há vários anos. A carne vermelha é terrível. Refrigerantes provocam a erosão das paredes externas do estômago. Comida chinesa contém MSG. Vegetais podem ser desastrosos e todos sabem o mal que causam os germes contidos na água que bebemos. Mas há um alimento que é, de longe, o mais perigoso de todos e a maioria de vocês já o comeu ou irá comê-lo, em algum momento da sua vida.
Alguém poderia me dizer que alimento perigosíssimo é este, que causa o maior dos sofrimentos, mesmo decorrido anos após o termos ingerido?"
Um senhor de 50 anos levanta-se e diz: "Bolo de casamento!"
22.7.08
Matraquilhos
O dono diz que não há problema nenhum, e lá vão eles. Entram todos na tasca, vão até à casa de banho, vestem-se e começam a sair da casa de banho.
Um bêbado, que estava sentado ao balcão, vê passar por ele a equipa de azul.
Estranha, mas continua a beber.
Quando, ao fim de pouco tempo, vê passar a equipa de vermelho, vira-se para o dono do bar e diz:
- Eu não me quero meter... mas olha que os teus matraquilhos... estão a dar à sola!...
20.7.08
Embaraço
Ao que ela responde bem alto, "Não, não vou dormir contigo! Achas que sou alguma prostituta??" Todos no bar ouvem.
O jovem, naturalmente embaraçado, volta para a sua mesa...
Passados alguns minutos, a rapariga vai ter com ele e diz-lhe, "Desculpe aquilo de há pouco, é que sou estudante de psicologia e estou a fazer um estudo sobre a reacção das pessoas a situações embaraçosas"
Ele, a plenos pulmões diz-lhe, "O quê?? €200??"
17.7.08
Enfinzes...
Lá vou eu... carrego na tecla win e "É aquela apresentação do powerpoint..."
"Ah, obrigado"
...
(suspiro)
2.7.08
1.7.08
Pensamentos do dia...
Because the people that matter, don’t mind.
And the ones that mind, don’t matter.
&
“Political Correctness is a doctrine, fostered by a delusional, illogical minority, and rabidly promoted by an unscrupulous mainstream media, which holds forth the proposition that it is entirely possible to pick up a turd by the clean end.”