21.12.09

Dádiva

Coisa nenhuma
foi tão verdadeira
como a tua alma
quando tu ma deste.

Deste-ma inteira...

Tua mão, que a dava,
nem me perguntava
se eu a merecia.
Dava-a e sorria,
como quem recebe.

Por que graça rara
ficaste florida,
mesmo assim despida
dessa flor tão pura?

Sebastião da Gama

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